O mundo nem teve o fim do conflito entre a Ucrânia e a Rússia e viu eclodir outra guerra entre o grupo palestino Hamas com Israel, com atrocidades e perdas econômicas e humanas exponenciais.
No dia 07.10 o grupo Hamas atacou Israel, matou mais de 1400 israelenses e fez mais de 200 reféns. Israel, por sua vez, iniciou uma contra ofensiva, com bombardeios contra a faixa de Gaza, destruindo prédios, infraestrutura e impossibilitando o fornecimento de água, energia, alimentos e combustíveis.
Os sofrimentos são grandes. Famílias foram dizimadas, crianças foram tornadas reféns, pessoas ficaram sem casa e sem ter para onde ir, milhões de pessoas vivem sob bombardeios.
No resto do mundo ocorreram manifestações contra e a favor de Israel e dos palestinos.
A única certeza que temos é que israelenses e palestinos se odeiam, vivem agora mais um capítulo de um conflito complexo e sujeito a variadas explicações.
Israel, mesmo sendo uma potência com bomba atômica e tendo um farto artefato bélico e de inteligência, foi surpreendido no dia 07.10 e seu serviços de inteligência foi violado.
Ao horror dos ataques terroristas do dia 07.10 a inocentes foi seguido por ataques de Israel a outros civis inocentes, com destruição inclusive de hospitais, tudo sob os aplausos e apoio dos Estados Unidos. Ocorreram crimes perpetrados pelo Hamas no dia 07.10, mas Israel, um Estado soberano e criado pela ONU, também cometeu crimes de guerra, desobedecendo a Convenção de Genebra (fez ataque intencional à população civil, fez ataques a objetivos não militares, etc.).
O presidente dos Estados Unidos aproveitou a oportunidade para tirar ganho político para sua candidatura à reeleição e também para atender ao lobby da indústria armamentista americana, fornecendo apoio e armamentos para os israelenses. Enquanto vidas israelenses e palestinas são ceifadas, o presidente americano e a sua indústria de armamentos estão fazendo festas com o ocorrido, faturando politicamente e financeiramente.
Por outro lado, o Brasil e outros países, no Conselho de Segurança da ONU, tentaram mediar um cessar fogo, uma liberação de passagem humanitária para o Egito, mas foram impedidos pela posição intransigente do poder de veto de certos países.
Nas redes sociais o conflito é discutido de forma veemente, cada um apoiando um lado, mas a razão deixou de existir para qualquer lado, pois o conflito não levará a lugar nenhum. Israel não deixará de existir, sempre existirão judeus dispostos a lutar por Israel, e os palestinos também continuarão a existir, pois os sobreviventes trazem em sua alma uma força intransigente de luta. É uma luta sem resultado, com feridas abertas e a aumentarem, onde se abdicou de uma convivência pacífica.
Como toda guerra, a atual mostra a capacidade do homem ser irracional, onde somente existem perdedores, tomados pelo ódio, pelo senso de sobrevivência e por preconceitos variados, esquecendo de seguir normas mínimas de convivência.