Foto: https://fotospublicas.com/o-secretario-executivo-do-ministerio-da-saude-joao-gabbardo-durante-entrevista-coletiva-sobre-o-novo-corona-virus/
O mundo vive uma epidemia, enfermidade que ataca uma determinada população ou região.
No dia 11.03.2020 a Organização Mundial de Saúde, OMS, declarou que passamos a ter uma pandemia, uma doença endêmica com ampla disseminação. Esse fato agravou o clima de pânico nos mercados mundiais. Bolsas tiveram tombos. No Brasil o dólar teve nova disparada. Foram suspensos por 30 dias os vôos da Europa (exceto Grã-Bretanha) para os Estados Unidos. Eventos de aglomeração pública estão sendo evitados.
No Brasil as ações das empresas de minério, de petróleo, de aviação e de turismo perderam valor de mercado. Os locais de aglomeração pública estão ficando vazios (estádios, teatros, cinemas, restaurantes, festas, etc.). As pessoas hesitam em circular por locais públicos e assim adiam programas de lazer, de compras, de transporte, etc.
O mundo ocidental criticou a política segregacionista do regime socialista da China, na região de Wuhan, para evitar a proliferação do vírus coronavírus. Hoje a China tem recuos sucessivos nos números de novos casos do coronavírus e o vírus afeta mais o resto do mundo do que a China.
A população procura formas de evitar o contato com os fatores propagadores da doença e, de forma preventiva, se recusam a abraçar e cumprimentar as pessoas na forma convencional, passando a fazer cumprimentos de “cotovelo” ou mesmo de “pés”.
O coronavírus é um problema real, não é “fake” e ameaça a vida das pessoas e a economia. Por isso, é o momento de o governo federal repensar a forma do gasto público, mesmo a atual equipe econômica ser de uma linha de trabalho mais liberal.
Exige-se uma ação urgente, pois o coronavírus e a queda do preço do petróleo devem afetar negativamente o crescimento econômico brasileiro, a arrecadação de tributos e agravar uma situação já difícil.
O governo deveria adotar diversas ações para injetar dinheiro na economia, mesmo porque diversas ações para combater o coronavírus exigem mais recursos.
Em primeiro lugar, deveria ser flexibilizado o limite do teto de gastos, por um prazo de 1 a 2 anos.
A seguir, deveria garantir recursos emergenciais para evitar a saturação do sistema de saúde. A ação é para antecipar e disponibilizar mais leitos, mais médicos, máscaras, suprimentos, etc. e adotar políticas persistentes de higienização de locais públicos.
Em segundo lugar, todos os bancos públicos devem adotar medidas anticíclicas, como disponibilização de linhas de crédito para empresas, redução de juros e aumento do prazo de carência.
Em terceiro lugar, é o governo garantir uma renda mínima para o povo, seja na concessão de bolsa família, recursos para o Minha Casa, Minha Vida, liberação de novos saques do FGTS.
Em quarto lugar, o governo federal deve auxiliar a enfrentar a diminuição da arrecadação (impostos, royalties, etc.) dos Estados e municípios.
Com essas medidas, mesmo com restrições para circulação das pessoas e a economia afetada, garante-se um mínimo para cuidar da saúde das pessoas, renda das empresas e famílias, e funcionamento dos Estados e municípios.