Foto: John Cameron (https://unsplash.com/photos/H_3N-_o-IFU)
No livro A história do século XX, de Martin Gilbert, p. 437, consta: “…uma pandemia de influenza asiática, conhecida como “gripe asiática”, tornou-se a pior epidemia global desde o fim da Primeira Guerra Mundial, matando mais de um milhão de pessoas em dois anos, incluindo 16 mil no Reino Unido e 70 mil nos Estados Unidos.”
Essa pandemia ocorreu em 1957, apareceu no norte da China, espalhou-se pelo mundo e causou a morte de mais de dois milhões de pessoas.
As pessoas lembram, principalmente, da gripe espanhola, a qual ceifou entre 50 e 100 milhões de vidas.
No século XXI vivemos outra pandemia, a do novo coronavírus, geradora de incertezas sanitárias, sociais e econômicas.
As tragédias se repetem, contam com a ajuda das pessoas descuidadas com o mínimo de higiene, são deflagradas sem as pessoas e os órgãos de saúde notarem sinais de alerta do aparecimento de nova doença. Aconteceu isso com o novo coronavírus. Ele surgiu em dezembro de 2019, na China.
A Coréia do Sul e Taiwan, precavidos, fecharam fronteiras, fizeram testes maciços, implantaram controle das pessoas infectadas, etc. Apesar do livre trânsito de pessoas, devido a globalização, países negligenciaram ao achar que o vírus ficaria restrito à Ásia. No início de 2020 o coronavírus se espalhou e, a partir daí, não foi possível obstar a sua chegada.
O novo coronavírus, na data de 28.01.2021, tinha registrado 100.270.602 de infectados, 2.157.355 de mortes, além dos incontáveis recuperados com sequelas físicas. O Brasil, em segundo lugar no mundo no número de mortes, registrou na mesma data, 8.996.876 e 220.161, respectivamente. Esses números assustam e extrapolam todas as previsões iniciais.
No Brasil, a vacinação foi tema de uma guerra política, entre Bolsonaro e Dória, pelo protagonismo. Uma disputa saudável em prol do bem comum, na qual Dória saiu vitorioso, celebrou convênio com a empresa chinesa, Sinovac, para aquisição de imunizantes, fez toda a logística para a vacinação, trabalhou e atingiu os seus objetivos.
Na guerra da vacina, o Ministério da Saúde a cometeu equívocos, erros, não conseguiu fazer logística ágil para vacinar, não coordenou nacionalmente os esforços para conter a pandemia, não adotou restrições de circulação entre os Estados para conter novas cepas. Com isso, o Instituto Lowy, da Austrália, classificou o Brasil em último lugar no combate ao vírus, entre 98 avaliados.
No presente, somente resta ao Brasil, vacinar a sua população, adotar política de guerra para imunizar o maior número de pessoas no menor tempo, e, dessa forma, voltar a ter vida normal. Esse objetivo é idêntico ao de outros países, assim, o Brasil deve fazer o maior número de convênios para a aquisição de vacinas e, pelo menos, os Institutos Butantan e Fiocruz celebraram convênios para a fabricação e recebimento de insumos das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca.