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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2023-01/o-vice-presidente-geraldo-alckmin-durante-cerimonia-de-posse-da-ministra-do-planejamento-e-orcamento-simone-tebet-no-palacio-do-planalto)

Novo governo incentivará a reindustrialização brasileira

Passadas as eleições, temos um novo governo a indicar a intenção de apoio para gerar melhores tempos para a indústria nacional.

O Brasil teve de 1930 a 1990 um processo forte de industrialização. Depois, tivemos a implantação de uma nova política industrial, com a abertura das importações e os importados dizimaram ramos da indústria nacional de manufaturados, principalmente de tecidos, confecções, fios e eletroeletrônicos.

Nossa pauta de exportações passou de predominante de manufaturados, em 1978, para commodities, em 2020, com retrocesso econômico, pois nossa matriz passou de industrial para primária.

Já era necessário um governo empunhar a bandeira da reindustrialização e aproveitar oportunidades para dinamizar a economia nacional.

Vejo com entusiasmo a posse do ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin no Ministério da Indústria e do Comércio, ao defender a imperiosidade da indústria voltar a ser um indutor do crescimento, a necessidade da reindustrialização estar alinhada a práticas da economia verde.

A janela de oportunidades também deve aproveitar as chances de substituir produtos de nossa pauta de importação, com capacitação e incentivo a setores para produzir para o mercado interno. Também o Brasil, sendo um grande exportador de produtos agrícolas e de minérios, pode agregar valor a esses produtos primários.

Aliado a chegada de um novo governo, temos um cenário internacional propício a reindustrialização, como problemas logísticos ocorridos na produção mundial na pandemia e interrupções da indústria chinesa, maior produtor mundial. Além disso, a guerra na Ucrânia elevou os preços dos combustíveis e obrigou o mundo a perseguir novas soluções energéticas.

Temos uma economia exportadora de produtos primários com o uso intensivo de mão de obra desqualificada, salários baixos, uso de pouca tecnologia, geração menor arrecadação de tributos e baixa acumulação de capital.

Por outro lado, importamos produtos sofisticados, com maior valor agregado e tecnológicos, como celulares, computadores, etc.

Os saldos financeiros da exportação de produtos primários no Brasil têm sido positivos, devido ao acúmulo de reservas cambiais, mas, no longo prazo, o ideal é termos uma indústria agregadora de valor, na forma de maior renda, tributos e empregos.

Para isso o modelo de desenvolvimento nacional deve ser direcionado para formação de mão de obra tecnológica e digital, com apoio estatal integral, como disse Geraldo Alckmin: “O esforço de reindustrializar o Brasil, para aperfeiçoar ainda mais a nossa agroindústria e todo o parque industrial, agregando-lhe mais valor, e para incluir os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras em nossa economia, não são tarefas episódicas, mas uma obra de todo o governo comprometido com um futuro melhor e mais justo para nosso povo”.

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