O ex-presidente Michel Temer tem sido um dos defensores da necessidade de pacificação do país e aconselha o próximo presidente a fazer um pacto de união, inclusive com a oposição.
No artigo intitulado “O que é pacificar?”, publicado dia 22.05, no Estado de São Paulo, Temer defende a importância de uma pacificação para o país ter a tranquilidade institucional e política para garantir o desenvolvimento nacional, o equilíbrio econômico, a baixa da inflação e dos juros, o aumento do número de empregos, pois, sem essa pacificação, os investidores optarão por investir em outros países mais estáveis e confiáveis.
O período pré-campanha eleitoral de 2022 tem sido marcado por ataques diretos aos adversários, todos sem importância para ditar os rumos do Brasil após o resultado eleitoral. O importante é termos propostas de trabalho efetivas para debater os grandes problemas nacionais, como o sucateamento da indústria nacional, a queda do crescimento econômico, o desemprego, os juros e a inflação, a preservação da Amazônia, etc.
O Brasil tem constatado a disparada da cotação do dólar e a inação governamental para trabalhar assuntos importantes, como a garantia de preços razoáveis de alimentos e combustíveis. De outro lado sobram discursos fervorosos e ataques a instituições, desvinculados do objetivo de trazer o bem público, como ofensas ao Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional, urna eletrônica, estatísticas geradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), etc.
Temer cita a necessidade de solucionarmos, pacificamente, as nossas controvérsias, pois “se o outro, sendo adversário, torna-se inimigo, não chegaremos a uma solução pacífica.” Afirma que o nível de pacificação afeta diretamente a governabilidade, pois uma sociedade unida e pacífica garante condições para a aprovação de medidas legislativas importantes para o país. Defende o livre debate de ideias e realça a oposição ser uma decorrência do Estado Democrático de Direito, previsto na nossa Constituição.
Temer conclui ser a pacificação uma precondição para a realização das reformas e para recuperar o equilíbrio federativo, criar um ambiente atrativo para os negócios, reduzir as desigualdades sociais e regionais, universalizar o saneamento básico, recuperar a segurança pública, harmonizar os poderes da República.
A algazarra, a luta contínua e o terrorismo político somente atendem a interesses individuais e prejudica o interesse coletivo, principalmente dos mais vulneráveis.
O ex-presidente Temer tem completa razão em propor um ambiente político mais pacífico, para viabilizar a estabilidade institucional e econômica. Conseguindo a paz interna, poderemos ter a calma para gerar a segurança para o recebimento dos investimentos diretos, para fazer as reformas estruturais e solucionar ou minimizar a falta de renda do povo para comprar o gás, o pão, o arroz, o café, o leite, etc.