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A segunda onda…: Flexibilização de medidas sanitárias geram falsa sensação de segurança

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Foto: Claudio Schwartz (https://unsplash.com/photos/muq_ej7p9s0)

 

 

O último feriado, dia 07.09, mostrou uma sociedade cansada do isolamento, sedentas para voltarem a ter uma rotina de vida normal. Tivemos aglomerações, estradas cheias, não uso de máscaras, pontos turísticos lotados, etc.

Todos pedem a chegada da vacina e vão querer ser vacinados, venha ela de onde vier. São divulgadas previsões divergentes da data de entrega de vacina, mas, até a sua chegada, teremos de nos manter alertas e vigilantes.

Uma dificuldade brasileira é a falta de coordenação nacional e fica a cargo dos Estados e municípios a adoção de medidas, muitas desencontradas. Um fecha o comércio, outro flexibiliza e outro reabre totalmente. Um exige máscara com pena de multa, outro exige, mas sem multa. Um não reabre academia, outro reabre com obrigatoriedade de máscaras e outro reabre sem a exigência de máscaras (um absurdo). Isso gera confusão na população, descrédito e dificuldades para o cumprimento das medidas.

Tivemos a primeira onda, com mais de 120 mil mortos e mais 4 milhões de infectados no Brasil e, no início de setembro, após a melhoria dos indicadores (internações, transmissões, etc.), praticamente todo o país iniciou a flexibilização do funcionamento do comércio, indústria e serviço.

John M. Barry, no livro “A grande gripe: a história da gripe espanhola, a pandemia mais mortal de todos os tempos”, na página 198, mostra como foi grave a propagação, na segunda onda, da gripe espanhola: “Muitas histórias da pandemia retratam a erupção da doença mortal – o golpe da segunda onda – de forma repentina e simultânea em todo mundo em regiões inteiramente distanciadas entre si, o que era intrigante. Na verdade, a segunda onda evoluiu de modo gradativo.” A partir da página 205, registra a disseminação do vírus pelo mundo, com equipes médicas cansadas e doentes, jovens doentes, hospitais lotados, falta de equipamentos (remédios, ambulâncias, lençóis, camas, etc.), pilhas de cadáveres sem coveiros, falta de caixões.

Atualmente, por todo o perigo do vírus, após a primeira onda, não podemos relaxar com os cuidados individuais e coletivos (uso de máscaras, distância, vedação de aglomeração, lavagem de mãos, uso de álcool gel, etc.).

Mesmo assim, muitas pessoas entenderam errado o significado da reabertura, sentiram uma falsa segurança e negligenciaram nos cuidados mínimos.

Entretanto, o vírus do coronavírus (silenciosamente) ainda está entre nós (no ar, nos móveis, nos corrimãos, nas pessoas, etc.), no aguardo de qualquer deslize nosso para agir. O ideal, é sermos disciplinadamente rigorosos na adoção das medidas sanitárias, pois, se negligenciarmos, o vírus, por sua vez, não será negligente.

Hoje, mais do que em 1918, temos melhores recursos médicos, tecnológicos, logísticos (principalmente, comunicação online) e, juntos, poderemos juntar forças para seguir as medidas sanitárias e evitar acontecer nova onda, preservando vidas, empregos e empresas.

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