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A importância dos Meios de Comunicação na fiscalização de órgãos e agentes públicos

A exoneração de Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos em 06.09, após acusações de suposto assédio sexual, demonstra a importância dos meios de comunicação na fiscalização de agentes e órgãos públicos, efetivando o direito constitucional à liberdade de expressão e de imprensa, assegurados nos incisos IV, V, IX, X, XIII e XIV do artigo 5º da Constituição Federal. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi tomada antes da conclusão das investigações pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, após as denúncias serem divulgadas pelo jornal Metrópoles.

As acusações, feitas à ONG “Me Too Brasil“, envolviam supostos atos de assédio contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e outras mulheres. Embora o presidente tenha afirmado que o governo não toleraria assediadores, a análise das denúncias e a demissão ocorreram somente após a ampla divulgação midiática, antes mesmo de uma conclusão oficial, levantando dúvidas sobre se o afastamento teria ocorrido sem a pressão da mídia.

A liberdade de imprensa efetiva o direito ao acesso a informações e é um dos principais pilares da democracia, conforme declarado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, e é elemento essencial para o controle social.

O exercício livre da imprensa permite a divulgação de fatos que, muitas vezes, estão restritos ao conhecimento interno dos órgãos governamentais, dando à sociedade o acesso a informações sobre a conduta de seus representantes e assegurando transparência e controle social. Veículos como o Metrópoles desempenham papel crucial para que episódios de conduta imprópria, como os alegados contra o ex-ministro, não permaneçam desconhecidos ou sem a devida punição.

A demissão de Almeida é um exemplo claro de como a pressão da opinião pública, impulsionada pela cobertura midiática, pode acelerar decisões que, sem esse fator, poderiam ser adiadas ou tratadas com menos rigor. No entanto, esse episódio também levanta questionamentos sobre a capacidade do governo de agir preventivamente, antes que situações como essa se transformem em crises públicas.

É importante observar que, neste caso, o governo respeitou a liberdade de imprensa, não desqualificou as informações divulgadas e tomou as medidas necessárias para investigar os fatos veiculados. Em tempos de desinformação e fake news, uma imprensa livre e profissional é ainda mais relevante para combater a distorção de fatos e assegurar a difusão de informações confiáveis.

Este episódio reforça que uma imprensa livre é um pilar essencial da democracia, garantindo a transparência e a fiscalização dos poderes. Além de atuar como agente crítico em defesa dos direitos individuais e coletivos, a mídia é responsável por fornecer à população informações precisas e confiáveis sobre as ações de seus governantes, garantindo que condutas inadequadas sejam expostas e corrigidas, preservando assim a saúde ética das instituições públicas.

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