Foto: United Nations COVID-19 Response (https://unsplash.com/photos/r31mu4MKeAc)
O jornalista Celso Pinto, um dos criadores do Jornal Valor Econômico, morreu em 03.03.2020 e tinha como lema “o valor da notícia está na credibilidade”. Sem credibilidade, os meios de comunicação (jornais, redes de televisão, mídias sociais, youtubers e, individualmente, as pessoas quando postam informações na internet) não geram ressonância de suas notícias e artigos, causam apenas dúvidas e descrédito. Por outro lado, com credibilidade, advinda de informações verdadeiras e corretas, o meio de comunicação é procurado como fonte de informação no posicionamento social, na tomada de decisões de negócios, na análise de investimentos, etc.
Informações baseadas em falsidades, fake news, nascem com vícios insanáveis.
Nos Estados Unidos, a rede social Twitter, baniu definitivamente o perfil do presidente americano, Donald Trump, depois de uma postagem sua ter incitado cidadãos a invadir o Capitólio, gerando mortes (4 manifestantes e 1 policial) e dezenas de presos. No Brasil, o Twitter marcou como enganosa e com potencial de ser prejudicial, publicação do Ministério da Saúde que indica como estratégia de combate ao coronavírus, o tratamento precoce (hidroxicloroquina, Ivermectina, etc.), o qual não tem base científica.
O mundo vive uma crise sanitária, a pandemia do coronavírus, e outra, a infodemia, com informações falsas circulando na internet.
A infodemia não mata diretamente, mas ocasiona reflexos sociais, como destruição de reputações, manipulação de resultados eleitorais.
No Brasil e nos EUA, campanhas eleitorais, baseadas em fake news, com manipulação da verdade, ocasionaram a eleição de presidentes interessados mais em fazer afirmações falsas e não científicas, com o objetivo de agradar os seus seguidores digitais.
No Brasil, Jair Bolsonaro utiliza as redes sociais para divulgar atos de seu governo, fazer ataques a inimigos políticos, etc., mas não é efetivo na tratativa dos problemas reais, como agilizar a vacinação, negociar formas de auxílio às pessoas e empresas, adotar ações para evitar o colapso da economia, garantir formas de saneamento das finanças públicas.
Donald Trump afirmou que o coronavírus não atingiria os EUA e viu o país liderar o número de mortos e de infectados.
Donald Trump e seu plagiador, Jair Bolsonaro, procuram atenção, holofotes, estão em campanha o tempo todo, geram controvérsias para ressoar nas mídias, convencionais e digitais, de um mundo hiperconectado. O ideal seria ignorar o que falam ou publicam, mas eles são atores políticos importantes.
O cidadão comum, por sua vez, seja do Brasil ou dos EUA, fazem sacrifícios para adquirir celulares caríssimos, mas não estão preparados para lidar com as milhares de fake news a que é exposto na internet, em um mundo virtual desprovido de moderadores prévios sobre o conteúdo publicado e, com isso, não são vedadas informações mentirosas, colocando em perigo a integridade física e psicológica, a manipulação de resultados eleitorais, etc.