Foto: https://pixabay.com/pt/photos/berlim-parede-alemanha-guerra-845991/
As ditaduras, de direita ou de esquerda, com objetivo de eliminar a oposição, praticam abusos considerados crimes contra a humanidade, como assassinatos, torturas, esquadrões da morte, desaparecimentos, sequestros, prisões injustas, repressão política ou racial.
Hitler, na Alemanha, teve aceitação inicial por suas ideias contrárias ao socialismo e comunismo. Tardiamente percebeu-se ser ele inimigo também dos judeus e dos países vencedores da 1ª. Guerra Mundial, quando a máquina de guerra nazista já tinha o maior poder bélico da época. Ao final da 2ª. Guerra morreram cerca de 50 milhões de pessoas e 6 milhões de judeus.
Stalin, no governo soviético, a partir 1920, pregou o fortalecimento interno e coletivização da propriedade rural. Eliminou a oposição, com estimativa de 20 milhões de pessoas mortas. A perseguição ia além de suas fronteiras e Leon Trótski, refugiado no México, foi assassinado, de forma traiçoeira, quando de costas foi alvejado na cabeça por um objeto pontiagudo.
No Chile, em 1973, foi instaurado golpe militar contra o governo de Salvador Allende. Allende nacionalizou grandes empresas multinacionais, com prejuízo para empresas americanas. Os Estados Unidos determinou o bloqueio econômico, apoiou o golpe liderado por Pinochet, no período de 1973 a 1990, com o saldo de 3000 mortos ou desaparecidos, além de milhares de torturados.
Existem exemplos atuais, como China e Cuba, que mantêm presos políticos. Também os Estados Unidos respeitam os direitos dos seus cidadãos, mas quando estrangeiros lhe ofendem a sua segurança são brutalmente agredidos, inclusive com tortura.
Não se enganem. A mesma força ditatorial de direita a lhe proteger pode ser a mesma de esquerda a lhe perseguir, ou vice-versa, dependendo das forças reinantes no governo. As pessoas que viveram sob um regime ditatorial valorizam os ganhos proporcionados por uma democracia.
No Brasil houve ditadura militar, de 1964 a 1985. Foram tempos de censura à imprensa, de restrição aos direitos políticos, de perseguição policial, de tortura dos opositores e, oficialmente, quase 400 mortos e desaparecidos.
Em uma ditadura pode existir uma “aparente” normalidade na sociedade, causada pelo fato das pessoas não protestarem, não fazerem greves, não criticarem o governo, etc., mas isso não significa que as pessoas não tenham problemas no atendimento de necessidades básicas (educação, saúde, segurança, infraestrutura, salários e condições de trabalho dignas, etc.) ou que inexistam desigualdades, injustiças e instabilidades. Elas não reivindicam por essa pratica ser vedada, sob pena de sofrerem fortes represálias.
Já em uma democracia existe a coexistência de todas as forças políticas e as pessoas podem reivindicar os seus direitos, reclamar de infortúnios e gozarem de suas liberdades, respondendo por eventuais excessos.