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O Presidente da República, Jair Bolsonaro, na campanha eleitoral de 2018 mostrou um tom agressivo ao tratar os adversários. Os exemplos são muitos, como em 03.09.2018, quando no Acre, afirmou: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre, hein? Vamos botar esses picaretas para correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem de ir pra lá. Só que lá não tem nem mortadela, hein, galera. Vão ter de comer é capim mesmo”.
Após o resultado da eleição e a posse de Bolsonaro, temia-se termos um governo nos moldes do destempero demonstrado pelo candidato na campanha eleitoral.
O futuro mostrou que o governo tem um conjunto de bons moderadores.
Na composição do governo, no Palácio do Planalto, estão diversos Generais, por exemplo, o Vice-Presidente, o Secretário-Geral da Presidência, o Porta-Voz da Presidência, o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o Secretário de Governo. Estes militares e outros, ocupantes de cargos em diversas esferas do governo, apresentam conduta ponderada no governo, talvez ciosos da necessidade de apagar as más lembranças deixadas pelos erros do passado, quando foram perpetradas torturas e mortes no Governo Militar implantado em 1964.
Assim, temos visto os militares serem mais moderados do que os civis do atual governo, pois as derrapadas políticas têm sido protagonizadas pelo próprio Presidente da República e seus filhos, além de alguns Ministros civis.
Um General, em minha opinião, tem exercido poder moderador de forma exitosa é o Vice-Presidente, Hamilton Mourão. Este, na campanha eleitoral, chegou até a fazer afirmações polêmicas, como o fim do 13º. salário e de férias, mas, após a posse, tem sido capaz de rearranjar e consertar erros cometidos por outros titulares do governo ou mesmo indicar o caminho a ser percorrido.
Os exemplos são muitos.
Recentemente, no dia 25.02.2019, na reunião do Grupo de Lima, o Vice-Presidente afirmou não ser possível aventuras militares, a saída é pela via diplomática e deve-se aumentar a pressão econômica e diplomática sobre a Venezuela.
Quando o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse, no Programa Roda Viva, não conhecer Chico Mendes e mostrou dúvidas sobre a sua reputação, no dia seguinte, o Vice-Presidente declarou: “Chico Mendes faz parte da história do Brasil na defesa do meio ambiente”.
E 2019 tem sido desta forma. Nas crises assistimos à realização de reuniões no Palácio do Planalto e, ao final, como em uma reunião militar, os Generais convencem o obediente Capitão, agora Presidente da República, a seguir as determinações.
Em uma reunião decidiu-se o destino de Gustavo Bebiano, o qual foi substituído na Secretaria-Geral da Presidência pelo General Floriano Peixoto. São estas reuniões decisoras do melhor a fazer, reuniões de um verdadeiro Quartel, com uma pauta a decidir, realizadas após a execução da ordem-unida.